terça-feira, 30 de junho de 2009

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Comecei o olhar aprofundado sobre o SPFW no blog tarde demais. Já prescreveu nesse mundo volátil das notícias.

hahaha

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domingo, 21 de junho de 2009

2o dia SPFW

Iódice
Inspiração:
Desfile:
Percepções: Nude. Cinza e branco. Preto e branco. De cor vibrante apenas o laranja. Óculos. Carteiras. Maxi colares. MUITAS pérolas. Roupas com movimento. Cinto no quadril (ao contrário da tendência atual do cinto na cintura) modelando a roupa de tecido solto no corpo.
Meu desejo: O chiquê da coleção!



Maria Bonita
Inspiração:
Desfile: a música junto com o andar das modelos remetiam a uma andada no calçadão, embora o fundo visual pouco remetesse a isso.
Percepções: MUITO quadriculado, aliás, quase tudo quadriculado! Muito branco e preto. Terra. Verde. Azul marinho. Não sei, mas eu já vi isso na Enjoy..
Meu desejo: zzz..



Alexandre Herchcovitch (fem)
Inspiração:
Desfile: Música que intriga, quase irrita e chama atenção.
Percepções: Bastante heterogêneo! Nude, branco e preto, mas várias outras cores vivas, chamando atenção para o laranja que já apareceu na Colcci, na Iódice e aparece de novo aqui. Volume nos ombros. Meias. Contraste do excesso com o básico. Tecidos metalizados. Zíper frontal. Traços. O mais original até agora.
Meu desejo: Esse laranja super diferente!



Cori

Forum Tufi Duek

Huis Clos

Cia. Marítima

sábado, 20 de junho de 2009

1o dia SPFW

Osklen
Inspiração: Carnaval
Desfile: Música e vídeo de carnaval. Maquiagem "natural".
Percepções: MUITA transparência (transparência em cima de outra peça, que pode ser ou não brilhosa). 3 peças. Legging. Brilho. Tênis com solado colorido. Colorido sóbrio e nude.
Meu desejo: Sendo transparência em cima de outra roupa, meu desejo no verão é efetivamente usar transparência, pois nunca fui muito fã. Quem sabe essa enxurrada não vira realidade entre as minhas escolhas!?



Priscilla Darolt
Inspiração: Cinema iraniano (A Cor do Paraíso)
Desfile: Música calminha, mas boring. Daquelas que faz lembrar décadas passadas, mas não lembra coisas boas, não sei.. me deu essa sensação.
Percepções: Roupas mais formais e modernas. Floralzinho. Colorido sóbrio.
Meu desejo: A sandália azul!!!



V.Rom
Inspiração: x
Desfile: Muchachos bonitos e musiquinha legalzinha.
Percepções: Listradinhos coloridos (ufa, finalmente uma cor mais alegrinha), verde-água, mas ainda cores sóbrias. Pelo menos rola um toque de cor no look sóbrio. Detalhe para a combinação do preto com o rosa que é minha preferida!!! Os meninos vão estar mais alegrinhos que as meninas no próximo verão. Chapéu. Sapato amarrado.
Meu desejo: Desfile de grife masculina? Hummm.. deixa eu pensar o que eu desejo.. HAHAHA



Paola Robba
Inspiração:
Desfile: Adoro esse jogo de luz do início do desfile!
Percepções:
Meu desejo: Um corpo para segurar os biquínis Paola Robba! hahaha Maaas, como não tenho anorexic way of life, vai ficar difícil o look modelo! hahahaha Mas a gente teeenta! Ahh TODOS os biquínis da Paola Robba também fariam bonito no meu armário! Só não gostei do último maiô. O resto é tudo absolutamente maravilhoso!
Destaque: Tania Kalil com olhos arregalados, mas liiinda como as modelos!

Vale até o vídeo para espiar e re-espiar pra dar um incentivo pro verão!!!




Uma Raquel Davidowicz
Inspiração:
Desfile: Jogo de luz menos legal que o da Paola Robba, mas legal também. Adoro a música!
Percepções: Preto, branco e cinza. Cinto na cintura modelando a roupa de tecido solto no corpo. Cintura alta. Volume nos bolsos. Maxi acessórios e Maxi bolsa. Nenhuma grande novidade (só o volume nos bolsos, talvez), mas tudo de bom gosto!
Meu desejo: continuar usando os cintos na cintura!



Colcci
Inspiração:
Desfile: Não gostei muito dessa mistura de música da Madonna com Jesus Luz no mesmo desfile, maaas isso é muito pessoal, né.. A música em si está até com um remix legal! Ah.. uma coisa que também não sou fã é essa saída da fila final de cada modelo por um lado. CAfunde minha cabeça e não consigo olhar tudo de novo. hahaha
Percepções: Toque fluorescente nas peças. Legging. Peças soltas. Recortes assimétricos. Babado. Fitas. Roupas que se movimentam. Cores lights, mas um lindo laranja vibrante!
Meu desejo: Vááários colares desse! Não sou muito fã de dourado, mas estou adorando esses colares mesmo assim! Também amei a blusa que tá por baixo no segundo look da Gisele (bem simples, mas adorei) e a blusa de laranja lindo!
Destaque: Gisele grávida (Não precisa nem ela nem a People afirmar, ou ela está grávida ou está barriguda de chocolate. Rá, tá bom.. Daqui a um mês e meio ela confirma, é só esperar..), Rodrigo Hilbert lindo e simpático e Jesus Luz.. hum.. legalzin..



Para o primeiro dia foi isso! Muita cor light, inovação nas transparências que sobrepõem outra peça, nos brilhos e continuação de coisas que a gente já adora, como cintinho na cintura e meia calça.

Beijinhos,
Raquel

SPFW

Pesquisando tendências espertas para o verão 2010. Geeente, 2010, tem idéia!? Outro dia estávamos no ano 2000, Jisuis..

Vambora dar uma olhada no que vai aparecer nas lojas e nas calçadas?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O caso do vestido

O título do blog é inspirado por uma das poesias que mais gosto do Carlos Drummond de Andrade (que amo!) e também, claro, em referência ao meu gosto pela moda e toda sorte de assuntos de mulherzinha! Transcrevo a poesia abaixo, porém coloquei em forma de texto, pois ficou muito longo na forma original de poesia.

Caso do Vestido
(Carlos Drummond de Andrade)


Nossa mãe, o que é aquele vestido, naquele prego?

Minhas filhas, é o vestido de uma dona que passou.

Passou quando, nossa mãe? Era nossa conhecida?

Minhas filhas, boca presa. Vosso pai evém chegando.

Nossa mãe, dizei depressa que vestido é esse vestido.

Minhas filhas, mas o corpo ficou frio e não o veste. O vestido, nesse prego, está morto, sossegado.

Nossa mãe, esse vestido tanta renda, esse segredo!

Minhas filhas, escutai palavras de minha boca.

Era uma dona de longe, vosso pai enamorou-se.

E ficou tão transtornado, se perdeu tanto de nós, se afastou de toda vida, se fechou, se devorou, chorou no prato de carne, bebeu, brigou, me bateu,me deixou com vosso berço, foi para a dona de longe, mas a dona não ligou.

Em vão o pai implorou. Dava apólice, fazenda, dava carro, dava ouro, beberia seu sobejo,lamberia seu sapato. Mas a dona nem ligou.

Então vosso pai, irado, me pediu que lhe pedisse, a essa dona tão perversa, que tivesse paciência e fosse dormir com ele...

Nossa mãe, por que chorais? Nosso lenço vos cedemos.

Minhas filhas, vosso pai chega ao pátio. Disfarcemos.

Nossa mãe, não escutamos pisar de pé no degrau.

Minhas filhas, procurei aquela mulher do demo.

E lhe roguei que aplacasse de meu marido a vontade.

Eu não amo teu marido, me falou ela se rindo. Mas posso ficar com ele se a senhora fizer gosto, só pra lhe satisfazer, não por mim, não quero homem.

Olhei para vosso pai, os olhos dele pediam. Olhei para a dona ruim, os olhos dela gozavam.

O seu vestido de renda, de colo mui devassado, mais mostrava que escondia
as partes da pecadora.

Eu fiz meu pelo-sinal,me curvei... disse que sim.

Sai pensando na morte,mas a morte não chegava.

Andei pelas cinco ruas, passei ponte, passei rio, visitei vossos parentes,
não comia, não falava,tive uma febre terçã, mas a morte não chegava.

Fiquei fora de perigo, fiquei de cabeça branca, perdi meus dentes, meus olhos,
costurei, lavei, fiz doce, minhas mãos se escalavraram, meus anéis se dispersaram, minha corrente de ouro pagou conta de farmácia.

Vosso pais sumiu no mundo.O mundo é grande e pequeno.

Um dia a dona soberba me aparece já sem nada,pobre, desfeita, mofina,
com sua trouxa na mão.

Dona, me disse baixinho,não te dou vosso marido,que não sei onde ele anda. Mas te dou este vestido, última peça de luxo que guardei como lembrança daquele dia de cobra, da maior humilhação. Eu não tinha amor por ele, ao depois amor pegou. Mas então ele enjoado confessou que só gostava de mim como eu era dantes. Me joguei a suas plantas, fiz toda sorte de dengo, no chão rocei minha cara, me puxei pelos cabelos,me lancei na correnteza, me cortei de canivete,me atirei no sumidouro, bebi fel e gasolina, rezei duzentas novenas, dona, de nada valeu: vosso marido sumiu.

Aqui trago minha roupa que recorda meu malfeito de ofender dona casada pisando no seu orgulho. Recebei esse vestido e me dai vosso perdão.

Olhei para a cara dela, quede os olhos cintilantes? quede graça de sorriso, quede colo de camélia? quede aquela cinturinha delgada como jeitosa? quede pezinhos calçados com sandálias de cetim?

Olhei muito para ela, boca não disse palavra.

Peguei o vestido, pus nesse prego da parede.

Ela se foi de mansinho e já na ponta da estrada vosso pai aparecia. Olhou pra mim em silêncio, mal reparou no vestido e disse apenas:

— Mulher, põe mais um prato na mesa.

Eu fiz, ele se assentou, comeu, limpou o suor, era sempre o mesmo homem, comia meio de lado e nem estava mais velho. O barulho da comida na boca, me acalentava, me dava uma grande paz, um sentimento esquisito de que tudo foi um sonho, vestido não há... nem nada.

Minhas filhas, eis que ouço vosso pai subindo a escada.



Beijos!